quarta-feira, 13 de abril de 2016 0 comentários

old soul

então eu faço dezenove anos dia vinte e quatro, mas não há nada perturbador nisso - exceto o fato de que se você fizer merda seus pais irão dizer: já é de maior! - a impressão que tenho é que se eu tocar a campainha do vizinho e sair correndo... vou ser processada no dia seguinte e minha imagem de adulta responsável, será para sempre selada com essa mancha que não sai nem com vanish poder o2 crystal white. 

[...]

ela perguntou o porquê das coisas estarem assim - estamos em litigio agora - e acha que está ajudando contando pra todo mundo que estou em modo caverna e perguntando se 'eles' sabem de alguma coisa... porque eu não vou dizer, vou guardar meus segredos - por que é isso que faço - e deixar mano velho cuidar disso - mesmo não sendo sempre o mais prudente a se fazer - e então ela resgata aqueles monstros e aí, eu nem posso aparatar
e é nessas horas noturnas que eu choro e eu nem sei explicar o porquê e sei.
mas sei, sem sombra de dúvida/angústia, que eu deixaria a açucena e viraria uma andarilha. Eu poderia ser feliz fazendo isso. Ahh sim, poderia! 
eu poderia também morar num lugar - o mais longe humanamente possível de todos que conheço - e depois em outro e em outro... nunca parar pra plantar - eu seria um beija-flor bem desengonçado -  eu poderia ser só eu. Sozinha. Talvez numa cabana no meio do mato ou num quarto 2 x 2 no subúrbio de qualquer grande cidade, sem ninguém pra me perguntar por quê estou triste ou por quê vou comer dois ovos hoje - pelo fato de comer sempre um - essa coisa... de ter motivo pra tudo nessa vida... eu não gosto disso. Gosto de não me meter no acaso das coisas/pessoas e seguir o curso do dia olhando os sinais/mensagens subliminares nos murou velhos ou outdoors da cidade imunda.

penso que tenho que morar sozinha - sem ser solitária - ligar pra família só pra eles não acharem que morri, talvez adotar um cachorro, escrever alguns livros que ninguém irá ler e criar uma rotina de ir aos sábados ao cine drive in 


sem me preocupar em recrutar um marinheiro, pois o Mar sempre pede passagem ligeiro, e eu na minha lerdeza remo devagarinho, anotando cada detalhe... assim posso criar novos personagens.

tenho consciência da minha maluquez!

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"É você, minha introspecção, que me dá chão. Que me permite olhar para os problemas e com calma acreditar que há uma solução. Que me resguarda dos riscos supérfluos e ensina que a vida é feita de ciclos necessários. Que me autoriza a estar quieta mesmo quando a existência grita pedindo alguma resposta. Que ampara minha individualidade no meio de tanta gente padronizada e clonada ."

                                                              Fabíola Simões
domingo, 28 de fevereiro de 2016 0 comentários

marcaDOR

agora... abrindo o blogger - só porque não tenho mais nada pra fazer mesmo - me lembrei de quando eu escrevia no/o Hevole

ps:- merece ser escrito com letra capitular 

senti saudade.
lá eu sabia/sentia que alguém me lia/relia. alguém de qualquer lugar. da bélgica talvez... e entendia aquela bagunça que eu escrevia nas entrelinhas|

Charlie também acha que sou confusa, acho que acredito nele agora...

[...]

aquela finalidade parecia menos solitária: eu conhecia todos os segredos do mundo e os guardava com todo zelo, assim como a menina azul guardava aquele livro grosso e antigo na esperança dele ser mágico ...
mas agora
eu sinto que devo remar meu barquinho | ele é jovem, mas tem a 'vela' tão velha quanto o mundo.
porque percebo que é difícil recrutar um marinheiro, porque o tempo é preciso no seu 'tempo' e os ventos do disco do sol mudam constantemente de temperatura e apesar de ser inconstante eu continuo rotinando, rotinando...

e mergulhando em livros em filmes em músicas e sonhos, pra vê se tudo isso consola meu coração quente e quebradiço porque não vou gritar ... só transbordar


| silenciosamente |


aí,
achei mais prudente viajar - lavar um pouco a alma - tentar transcender em ares alheios e voltar arremendurada pra casa. nem sei o que fui buscar, mas eu trouxe um seixo e algumas histórias tristes.
domingo, 21 de fevereiro de 2016 0 comentários

das linhas flamejantes

eu fiquei horas olhando pra essa tela branca, alimentando uma cerimônia em imprimir nela meus respiros. fazê-lo seria admitir que preciso urgentemente de um papel para me ler.

- mas se eu não escrever -

...

vou transbordar, e o mundo já tá cheio de rios infinitos. fico eu: enchendo meus vazios de lirismos e guardando todos os segredos do mundo. uma amélie poulain da vida.

- no coração: uma hiroshima.

[...]

então só assim, criarei coragem para abraçar a realidade e amar desconhecidos. deixo freud explicar isso
 
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